A vida já me ensinou algumas coisas.
Uma delas foi de que, apesar de todos os nossos esforços e boa vontade, nem sempre conseguimos ajudar os outros.
Já lá vai o tempo, em que eu encarava cada pedido de ajuda, cada injustiça para com terceiros, como sendo uma missão pessoal. Aos poucos, tornei-me numa autêntica "Nossa Senhora dos Aflitos", um pouco à maneira de "todos os ais são meus".
E, se nessas alturas conseguia ajudar as pessoas (porque lhes emprestava a minha força e determinação), o facto é que com o tempo, os resultados não eram os desejados...porque, sei agora, era uma imposição minha e não algo que tivesse sido interiorizado pelas pessoas em questão. Em vez de as ensinar a pescar, pescava eu por elas.
E as decepções eram sucessivas. As expectativas frustradas. Não entendia porque é que as pessoas que eu tentava ajudar, se deixavam cair no mesmo ciclo vicioso.
E as decepções eram sucessivas. As expectativas frustradas. Não entendia porque é que as pessoas que eu tentava ajudar, se deixavam cair no mesmo ciclo vicioso.
Culpa do meu ego e da minha arrogância que me incapacitavam de aceitar as pessoas como elas realmente eram. Exigia que fossem melhores, porque sabia que o podiam ser.
Foi preciso "penar" (e ultrapassar o tremendo desgaste a nivel emocional e pessoal que estas situações provocam) para começar a perceber que não conseguimos ajudar ninguém que não queira ser ajudado.
O primeiro passo é sempre esse: querer ser ajudado, ter a consciência de que se precisa de ajuda e procurá-la. Só quando se chega a esta fase é que estamos prontos para ser ajudados e só nessa altura é que devemos ajudar. Até lá, todas as nossas intenções serão logradas e cairão em saco roto.
Foi preciso "penar" (e ultrapassar o tremendo desgaste a nivel emocional e pessoal que estas situações provocam) para começar a perceber que não conseguimos ajudar ninguém que não queira ser ajudado.
O primeiro passo é sempre esse: querer ser ajudado, ter a consciência de que se precisa de ajuda e procurá-la. Só quando se chega a esta fase é que estamos prontos para ser ajudados e só nessa altura é que devemos ajudar. Até lá, todas as nossas intenções serão logradas e cairão em saco roto.
Por isso, hoje em dia, eu estou sempre lá, sempre disponível, pronta, solícita mas...o pedido de ajuda tem que ser verbalizado. Continuo a conseguir ler nas entrelinhas, consigo ver os sinais, mas não me chego à frente sem autorização (salvo situações muito excepcionais).
"Ask and it shall be given (...)"
"Ask and it shall be given (...)"
***
Daquelas coisas que se vão aprendendo com o tempo a maturidade e a experiência. Também já sofri desse mal até perceber que cada um tem o seu percurso e faz as suas próprias escolhas. É difícil, p'a caraças!
ResponderEliminarLuisa:
ResponderEliminarPois é, "siamesa".
Ás vezes ainda tenho umas "recaídas", mas passa-me logo.Trato logo de ficar sogadita.
Beijooooo
A verdade é que passamos todas por isso eventualmente... a alegria é saber que sabem que estamos lá.
ResponderEliminarO maravilhoso é saber que posso contar contigo... mesmo em casos excepcionais!
Beijos
Ahahahah,coisas recorrentes, nada que não estejamos à espera.
ResponderEliminarUtena:
ResponderEliminarSim, podes sempre contar comigo, o que não é novidade, né? :))))
Beijos.