terça-feira, 23 de agosto de 2011

Surpresas desagradáveis


Já vos aconteceu, sentirem-se tão ultrajados, tão ultrajados, com determinados comentários ou opiniões que, no primeiro instante, ficam paralisados, espantados e mudos? Como se as palavras que acabaram de ouvir fossem um verdadeiro soco no estômago, um golpe inesperado que provoca uma autêntica dor física?
Confesso que, poucas vezes senti isso. Talvez porque nunca me preocupei com a opinião alheia e com o "diz que disse". Mas tudo isso muda, quando o autor é alguém que nós conhecemos (?), com quem lidamos e com quem até já vivemos uma estória de amor e que é pai do nosso filho.
Olhar para essa pessoa, como se o vissemos pela primeira vez, como um perfeito desconhecido, daqueles que se dedicam ao diz que disse, é, no mínimo, estranho.
Passado o impacto inicial, em que a minha boca ficou literalmente aberta de surpresa, a raiva e a indignação tomam conta de mim:
"Mas quem é que este idiota pensa que é? A última coca-cola do deserto, não é certamente! E não o é para mim, há muuuuuuuuuito tempo. E essa opinião que teceu sobre mim, só mostra o quanto desconhece da minha pessoa e revela o que ele, na realidade, é! Porque quer se queira quer não, e para o bem ou para o mal, nós vemos os outros à nossa imagem e semelhança. E quando o verniz da polidez estala, a verdadeira essência e natureza das pessoas, é revelada. Para o bem e para o mal!"
E digo-lhe tudo isso e mais alguma coisa, com a força da tempestade que se formou no meu estômago e que se escapa, agora pelas minhas palavras. Carregadas de indignação e sentindo-me absolutamente humilhada por este estafermo. Sem insultos (deuses, como estou controladita, e só vocês sabem o quanto me custou não os proferir!) e sem lhe dar tempo para responder.
Ponto de ruptura. Assumidíssimo. Sem volta a dar.
E agora, que ele não me ouve: "P*** que o pariu!"

P.S.: este post tinha publicação adiada, até à  verdadeira assimilação dos factos. Agora, funciona como lembrete, porque tenho a tendência para esquecer e há coisas que não devemos esquecer. Seguir em frente, sim, esquecer, não. Porque corro o risco de ser posta na mesma situação, daqui a uns tempos...

***

10 comentários:

  1. Mas afinal Rapariga, que é que é verdadeiramente mau? O teu ex ou a maesinha dele? P*** que o pariu? Não será antes a P*** que há-de parir??? Ou o C*** que o foda??? Ou ....

    :)

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  2. Pedro:
    fizeste-me rir!
    E estou a ser tremendamente injusta com a minha "sogra", que é um doce de pessoa e por quem tenho um enorme carinho. Por isso, acho que é mais o "Raio que o parta!", eheheh!
    Beijinho.

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  3. C**** que o F**** tb é lindo. E sim, não te esqueças, que isso não seria compaixão mas sim burrice, ó loira!!

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  4. Nem sei que diga... ao menos podia ter em ideia que tem um elo e comum...
    Realmente as pessoas não aprendem

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  5. Utena:
    yap!
    É para eu abrir a pestana...
    Beijinho.

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  6. olha nem percas tempo a dar valor ao que ele diz, não merece!

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  7. Ana, não sou de ligar ao que os outros dizem, com uma excepção, quando os outros são importantes na minha vida, ai claro que me importa!Já ouvi ao ponto de pensar, sou tudo menos isso, injusto, já vi ser alguém mau em palavras com o propósito de me magoar e deitar abaixo...Agora...fala para ai é o que lhe digo, se pensas assim então não mereces nada do que tenho para ti...Beijo grande e força!

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  8. Palco do tempo:
    tens razão.
    Eu é que acho sempre que os outros são melhores do que são na realidade.E depois, tenho desilusões destas.
    O que me vale é que, o contrário também é válido e há pessoas que me surpreendem sempre pela positiva :)
    Beijinho.

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  9. Drinha:
    Foi uma estratégia que adoptei durante muito tempo com a pessoa em questão, mas há coisas e limites que não permito que sejam ultrapassados. Foi o caso.
    Obrigada, querida, pelo carinho.
    Beijinho.

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