sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A intemporalidade da escrita do Eça ou, mais uma das razões porque o adoro...


"Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. 
Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal e o museu humano da beleza da arte." - Eça de Queirós, "Farpas" (1872)

Impressionante, a actualidade destas palavras, não acham?

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2 comentários:

  1. Parabéns Ana por esta lembrança! Adorei este post.

    Bj,

    Susie de Sonho.

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  2. Susie:
    obrigada :)
    Este homem era brilhante.

    Beijinho

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