segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Parto caseiro


Este é um assunto que sempre me interessou. Na altura em que engravidei, comecei a ler tudo o que podia sobre o assunto e sobre o parto natural, em particular. Fiquei fascinada pelo trabalho das doulas (ver aqui) e pelo ressurgimento de algo tão ancestral, como é o nascimento de um filho em casa.
Senti-me tremendamente tentada a ter um parto caseiro, confesso, mas apesar de toda a informação, as dúvidas permaneciam: "E se na hora do parto, acontecer alguma coisa ao meu filho? Até que ponto é que é  será razoável, abdicar do conhecimento tecnológico da medicina convencional? Estarei eu preparada para correr este risco?"
O meu filho, acabou por ditar a resposta quando às 39 semanas, manteve a posição pélvica e, segundo a médica obstetra, estava demasiado grande para tentarmos um parto normal, quanto mais um caseiro. Ainda andei a pesquisar sobre técnicas de manipulação externa do feto e tal, para tentar então o parto caseiro, mas conclui que não estava disposta nem preparada emocionalmente, a pôr em risco a vida do meu filho, por uma questão ideológica.
Esta notícia do Público, veio confirmar os meus receios e dúvidas, na época.
Claro que o mesmo podia ter acontecido (e acontece, infelizmente) num hospital. O que eu defendo, hoje em dia, é a humanização do parto, a presença de doulas nas salas de parto, a criação de um ambiente mais familiar, tranquilo e harmonioso em que as mulheres sejam tratadas como seres humanos e não como máquinas parideiras e em que a magia do nascimento de um ser humano, seja  resgatada.
Pois, muita coisa tem que mudar, não é?

Em jeito de conclusão: em todas as circunstâncias, as nossas escolhas devem ser ditadas por aquilo que nós achamos mais adequado para nós, depois de nos termos informado convenientemente, tomadas em plena consciência, e não por uma questão de moda, porque é convencional ou porque alguém nos diz que é certo. E pensarmos sempre que, em última instância,  nós somos responsáveis por elas.
Afinal de contas, são elas que determinam a nossa vida  e a nossa forma de estar no mundo.

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