Sair do trabalho a correr, para ir buscar o filhote á escola e ainda passar pelo supermercado (esqueço-me sempre de alguma coisa!), poderá parecer tudo menos encantador.
Mas a verdade é que o é. Assim que entro no carro, ligo o rádio e o rosto do filhote começa a desenhar-se na minha cabeça. A irritação e/ou o cansaço começam a desaparecer por magia.
E quando chego á porta do colégio, a Ana passa a ser Paula e o mundo transforma-se. Todo o meu ser se volta, se aconchega naquele sorriso maravilhoso e naqueles olhos brilhantes e sempre cheios de entusiasmo. O caminho até ao supermercado, transforma-se num relato fantástico do que foi o dia dele e tudo serve para rir e dizer disparates. E ouço-me a rir alto e delicio-me com este estado. Pelo espelho, vejo as caretas dele e apaixono-me mais uma vez, perdidamente por este ser maravilhoso que partilha a sua vida comigo.
E quando chego á porta do colégio, a Ana passa a ser Paula e o mundo transforma-se. Todo o meu ser se volta, se aconchega naquele sorriso maravilhoso e naqueles olhos brilhantes e sempre cheios de entusiasmo. O caminho até ao supermercado, transforma-se num relato fantástico do que foi o dia dele e tudo serve para rir e dizer disparates. E ouço-me a rir alto e delicio-me com este estado. Pelo espelho, vejo as caretas dele e apaixono-me mais uma vez, perdidamente por este ser maravilhoso que partilha a sua vida comigo.
Supermercado é palco de mais parvoeiras e o bom humor e a tagarelice deste miudo contagiam toda a gente. Principalmente quando chegamos á caixa e ele faz sempre questão de me ajudar a colocar as compras nos sacos. E o ar de orgulho que faz, quando lhe agradeço? Hilariante. E doce, muito doce, o meu filhote.
Hora do banho, hora do "faz-de-conta". Pois, porque ele gosta de encher a banheira para criar batalhas entre Gormittis e sapos e patos de borracha. E descobriu que um dos sapos, quando encostado á barriga dele e pressionado com força, faz um som semelhante a um pum. E ri-se a bandeiras despregados, uma gargalhada limpida e simplesmente encantadora. Tenho que pôr o meu ar mais sério para lhe dizer que não tem tanta graça assim, mas a verdade é que regra geral, desmancho-me a rir, lá para o 3º ou 4º pum do sapo.
Jantar, é muito comportado, quer comer como os adultos com os talheres todos porque já não é bébé, diz-me ele.
Depois é hora do mimo, quer colinho enquanto vemos o programa preferido dele que deixei a gravar : Martim Manhã, um menino que todos os dias ao acordar é uma personagem diferente.
Hora de lavar os dentes, mais brincadeira. Enquanto ele escova os dentes eu agarro na escova de lavar as costas e fingo que lavo os meus enquanto lutamos pelo espelho.
Hora da caminha, história lida ou inventada na hora com sombras na parede, feitas com os nossos dedos. Hora do beijinho e do abracinho de boa noite, muito apertadinho e gostoso.
"Dorme com os anjos, meu amor. Até amanhã"
E sempre, quando já estou a fechar a porta:
"Mamã? "
"Sim, filho?"
"Gosto muito de ti, adoro-te."
"Eu também, meu amor. Adoro-te".
Percebem agora o encanto dos meus finais de tarde?
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