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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Aprendo, logo caminho



Há coisas inevitáveis e há outras que não.
As evitáveis, se tivermos bom senso e algum respeito, educação, delicadeza e gentileza de alma, não se dão.
As inevitáveis, começam por ser tentativas de contornar a situação, alentadas por algum sentimento de concórdia e diplomacia, mas que caiem em "saco-roto". Quando não funcionam, a coisa dá-se. Pode ser mais ou menos violenta, mas a partir daí, são definidas posições e já não há espaço para dúvidas (ou manobras). 

Confesso que tenho tendência para esticar muito os meus finais e também sei que não costuma ser a melhor atitude. Mas sofro da síndrome "só-abandono-o-que-já-não-dá-para-mais" e sou muitas vezes, vítima de mim mesma. Adiar o inevitável, nunca dá bom resultado, bem sei. Continuo a ter dificuldade em riscar pessoas da minha vida: não gosto, custa-me sempre imenso, até que chega um dia e, pimba, já foste. 
Todos os dias, aprendo. Aprendo a não deixar as situações chegarem ao limite. Aprendo a respeitar-me mais. E aprendo que nesta vida, quando teimamos em algo que não nos faz bem, corremos o risco de um dia acordar, atolados em lixo emocional tóxico e depois, é o cabo dos trabalhos para limpar o ar.

Mas mesmo assim, aprendo...e isso, meus amigos, é para mim, absolutamente fundamental!


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Quem é vivo, sempre aparece" ...



Pois que hoje, apeteceu-me escrever. Aparentemente, sem motivo nenhum, dou por mim, em frente ao pc, com uma vontade terrível de dedilhar o teclado enquanto observo as palavras que se formam no ecrã. 
Sinto-me estranha e não me importo. Quero lá saber se escrevo bem, se escrevo mal, se o assunto é interessante, ou não passa de uma enorme trivialidade. E nem sei se alguém me lê ou não. Também não é muito importante. Só sei que me apetece escrever e faço-me a vontade. Talvez seja o prelúdio de alguma coisa. Talvez volte aqui, com mais frequência. Ou talvez não...deixo sair e logo se vê.
Se é Mabon que me impele, deixo-me levar... fazer limpezas (na carola), abrir gavetas, sacar de lá o que é velho (o meu medo absurdo e sem fundamento), para ver se a coisa se compõe. Estou farta de mim mesma, preciso mudar.
Que assim seja.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Statement

Nutro pelas bichas, um sentimento parecido que pelas vacas.
Às vacas, não as suporto; as bichas, até podem ter uma certa piada no inicio (porque são desbocadas e teatrais), mas depois, não há pachorra para tanto exagero.
Quanto a outras formas de amar, nada me faz confusão, já que o amor entre duas pessoas, não tem que obedecer a regras nem convenções sociais.
Pronto, era só isto ;)

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dos termos associados à espiritualidade e das suas interpretações


Confesso que há interpretações que me enervam...Às vezes, oiço/leio coisas como por exemplo:

"Ah, o karma é fodido", como se por detrás, estivesse alguma intenção de exercer vingança ou castigo sobre nós e/ou sobre os outros.
Karma é, nada mais, nada menos do que a consequência directa dos nossos actos, é a Lei da Física: "Acção gera reacção", é a Lei do Retorno, é a expressão física do ditado popular: "Quem semeia ventos, colhe tempestades." Não é a vida que nos castiga, ela devolve-nos o que nós lhe enviamos. Como se fosse um espelho. Pura e simples. Perceber, aceitar e corrigir os nossos erros e defeitos é certamente, a melhor forma de deixar de pensar que somos vítimas dos acontecimentos.

O conceito de almas gêmeas, visto sempre num contexto romântico.
Quem acredita em almas gêmeas tem, obrigatoriamente, que acreditar em reencarnação. E se acreditamos em reencarnação, acreditamos então que já vivemos muitas vidas, nas quais conhecemos muitas pessoas, em diferentes corpos, com diferentes sexos e até em outras condições sociais. Entendemos também que essas diversas vidas, serviram para aprender alguma coisa e de reencarnação em reencarnação, fomos fazemos um upgrade às nossas almas (costumo dizer que, aqui e agora, somos a melhor versão de nós mesmos).
Por isso, almas gêmeas, são todas aquelas que vindas do mesmo sitio, decidem reencontrar-se (por um breve ou longo período de tempo) para melhorar esse processo de aperfeiçoamento em que as duas serão beneficiadas (saldarem dívidas kármicas, corrigirem  defeitos ou simplesmente, usufruirem  da companhia uma outra), mesmo que os seus caminhos se voltem a separar. Assim, as nossas almas gêmeas podem ser, os nossos companheiros amorosos, os nossos pais, os nossos filhos, os nossos amigos, os nossos professores, os nossos chefes  e até mesmo aqueles estranhos que às vezes se cruzam connosco na rua e do nada, nos dizem coisas importantes (que naquela altura estamos a precisar de ouvir) e pelos quais sentimos uma profunda simpatia que não sabemos explicar de onde vem.

Gurus, como alguém a quem se segue, cegamente, inquestionávelmente.
Guru não é mais do que um mestre, um professor. É alguém que transmite os seus conhecimentos de forma simples, desprovida de linguagem do Ego, humilde e  com a eterna condição de também, ele mesmo, aprender. Acima de tudo, deve ser alguém que é coerente: as suas palavras estão de acordo com as suas acções. (Por exemplo, não percebo que uma mulher cite/siga um misógino como o Osho, mas isso sou eu que tenho a mania.)
Não é de todo, o ditador dos nossos pensamentos e acções, porque ele mesmo encoraja a que nos questionemos sempre e que reformulemos os nossos pensamentos e consequentemente as nossas acções. É acima de tudo, alguém que nos ajuda a crescer/evoluir e nos dá/mostra mais ferramentas para o fazer.


Regressões, como curiosidade e fait divers, em que todos querem saber se foram alguém importante no passado (figuras históricas, grandes pensadores, artistas, líderes espirituais), como se dessa forma, o esplendor ou a notabilidade do passado pudesse ser transportado para o presente e assim, elevarem-se aos olhos do outro. Talvez seja por isso que ninguém quer ter sido um anónimo.
Pressupõe também, que se acredite na existência da alma.
Deve ser utilizada sempre com o intuito de chegar ao conhecimento efectivo de alguma situação traumática no passado (que ficou "enterrada" na memória  desta ou de outras vidas), com manifestações evidentes no presente e, através do processo de reconhecimento e aceitação, chegar ao  tratamento dessa mesma situação.
É um trabalho sério e delicado e deve ser realizado com muita responsabilidade e entendimento das repercussões futuras da mesma.

Energias, como rótulo definitivo do carácter de cada um.
Da mesma forma que a corrente eléctrica tem flutuações, a energia pessoal também tem. Basta olhar para o que nos acontece ao longo de um dia.
E não são as flutuações (todos somos feitos de trevas e luz), que nos definem como pessoas de boas ou más energias, mas a forma como as identificamos e tratamos ou melhor, pelas escolhas que fazemos, quando as identificamos. Somos responsáveis por elas e se, conscientemente, optamos por um padrão energético específico, não podemos de forma alguma, achar que somos vitimas dele... Ou seja: se dizemos que só atraimos más energias, se calhar, está na altura de perguntar qual a razão e tentar descobri-la, em vez de nos lamuriarmos eternamente do mesmo e de a alimentarmos com os nossos queixumes.
  
E por último, o uso leviano e fora de contexto, da  expressão "Namasté" (já falei sobre o seu significado, noutro post). 
Está na moda, pelos vistos e há quem a utilize porque sim, mas a mim, que a aprendi, conheci, vivenciei e entranhei, num ambiente de enorme reverência e energia amorosa, ofende-me e incomoda-me que o façam (principalmente, quando ja lhes foi explicada) e a continuam a misturar, promíscuamente, com futilidades.

Em conclusão, quando se abraça a espiritualidade como uma realidade e filosofia pessoal: somos livres de acreditar no que quisermos; se optamos por acreditar em determinada coisa, temos a obrigação de a compreender e respeitar e para isso, temos um cérebro para pensar; as palavras que proferimos (depois de entendidas), devem sair do nosso coração e em sintonia com as nossas acções; os  nossos actos são o reflexo do nosso carácter; somos responsáveis pelas realidades que criamos; e devemos respeitar as opções dos outros (cada um tem o seu próprio caminho) porque são, simplesmente, formas diferentes de expressar a sua espiritualidade.
Em ultima instância, nunca condenar quem opta por não acreditar.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando nos tornamos naquilo que condenamos

"The dark side", unknown photographer


"An eye for an eye will make the whole world blind."- Mahatma Gandhi.

Ontem, pelo Facebook, circulava uma foto de um homem, suspeito de violação de duas menores, assassinado e mutilado (orgãos sexuais arrancados e introduzidos na boca) pela população do local onde vivia. Com a fotografia, vinha a frase: "Se concordas que ele teve o que merecia, partilha." 
Quando li a notícia, fiquei duplamente chocada. Pelo motivo óbvio (violação e pedofilia) e pela forma como as pessoas reagiram a ela e a comentaram.

Não consigo imaginar a dor destes pais, nem as marcas fisicas e psicológicas que acompanharão estas crianças pelo resto das suas vidas. Consigo perceber o desespero e desejo de vingança. Além de ser mãe, sou também um ser humano imperfeito e não sei o que me passaria pela cabeça fazer, se tivesse que passar por algo de semelhante. Apesar de entender a desconfiança e o descrédito nas autoridades policiais e no sistema legal e juridico, não aceito que uma população se reuna para um linchamento e que não haja no meio de tanta gente, uma voz sensata que diga:"Ei, vamos lá a acalmar e a fazer isto de outra maneira." (a dinâmica de uma multidão é flixada).

No entanto, sei o que não faria: nunca optaria pelo "olho por olho, dente por dente." Não acredito que a violência resolva seja o que fôr, nem justifica o assassinio de outro ser humano, por mais baixo e desprezível que ele possa ser.
Entre pensar em fazer e fazer, há uma enorme diferença.  Num primeiro momento, quando nos entregamos à raiva, ao ódio, cegamos, perdemos a nossa humanidade, entregamo-nos aos mais baixos instintos. É natural, é a nossa reacção a uma agressão. Mas quando decidimos fazer justiça pelas próprias mãos, tornamo-nos naquilo que condenamos, somos piores que os animais, porque eles não matam por prazer, muito menos por vingança... Por isso, violência não se resolve com violência mas sim, com inteligência.

Pois, e então? Então, há que chamar à responsabilidade as autoridades competentes, o sistema judicial e penal. Porque foi a eles que nós (como cidadãos e contribuintes) designámos  esta função, e é a eles que a nossa raiva, frustração e exigências (absolutamente legítimas) devem ser comunicadas. Sempre. Constantemente. Activamente.
Se eu acho que ele teve o que merecia? Provavelmente. No entanto, não consigo regojizar-me com isso...

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Do respeito pelo caminho dos outros


Confesso que, há alturas em que gostava de poder abrir (não partir, tá?) a cabeça a certas pessoas; sacudir o pó que por lá anda, abrir as janelas e deixar entrar um pouco de luz.
No entanto, entendo que este exercício valeria pelo que valeria: uma ligeira e fugaz limpeza, com efeitos pouco duradouros. Assim que fechasse a cabeça, o pó voltaria a assentar e as teias de aranha, voltariam a instalar-se.
Nestas coisas, pouco adianta a nossa boa-vontade e muito menos a nossa imposição porque se, o dono da cabeça não a decidir fazer (à tal limpeza), não funciona. De todo.
Entender e aceitar que cada um tem o seu caminho e o seu tempo (embora nós gostassemos que nos acompanhassem, lado a lado e à mesma velocidade), não é fácil. Mas tem que ser respeitado. E esse respeito passa também por perceber que, por vezes, temos que deixar as pessoas, ir. E continuar o nosso caminho. Quem sabe se não nos voltaremos a encontrar, lá mais para a frente? Ou talvez não...porque às vezes, encontramo-nos com determinada pessoa, na altura certa, para lhes trazer algo ou ela a nós e depois, prosseguimos.
No final, eu acredito que todos chegamos aonde temos que chegar. Uns demoram mais tempo, outros menos. Uns, viram à esquerda, outros, viram à direita.
O que importa é a aprendizagem e a vontade de continuar a  caminhar.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Parto caseiro


Este é um assunto que sempre me interessou. Na altura em que engravidei, comecei a ler tudo o que podia sobre o assunto e sobre o parto natural, em particular. Fiquei fascinada pelo trabalho das doulas (ver aqui) e pelo ressurgimento de algo tão ancestral, como é o nascimento de um filho em casa.
Senti-me tremendamente tentada a ter um parto caseiro, confesso, mas apesar de toda a informação, as dúvidas permaneciam: "E se na hora do parto, acontecer alguma coisa ao meu filho? Até que ponto é que é  será razoável, abdicar do conhecimento tecnológico da medicina convencional? Estarei eu preparada para correr este risco?"
O meu filho, acabou por ditar a resposta quando às 39 semanas, manteve a posição pélvica e, segundo a médica obstetra, estava demasiado grande para tentarmos um parto normal, quanto mais um caseiro. Ainda andei a pesquisar sobre técnicas de manipulação externa do feto e tal, para tentar então o parto caseiro, mas conclui que não estava disposta nem preparada emocionalmente, a pôr em risco a vida do meu filho, por uma questão ideológica.
Esta notícia do Público, veio confirmar os meus receios e dúvidas, na época.
Claro que o mesmo podia ter acontecido (e acontece, infelizmente) num hospital. O que eu defendo, hoje em dia, é a humanização do parto, a presença de doulas nas salas de parto, a criação de um ambiente mais familiar, tranquilo e harmonioso em que as mulheres sejam tratadas como seres humanos e não como máquinas parideiras e em que a magia do nascimento de um ser humano, seja  resgatada.
Pois, muita coisa tem que mudar, não é?

Em jeito de conclusão: em todas as circunstâncias, as nossas escolhas devem ser ditadas por aquilo que nós achamos mais adequado para nós, depois de nos termos informado convenientemente, tomadas em plena consciência, e não por uma questão de moda, porque é convencional ou porque alguém nos diz que é certo. E pensarmos sempre que, em última instância,  nós somos responsáveis por elas.
Afinal de contas, são elas que determinam a nossa vida  e a nossa forma de estar no mundo.

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012


Quando o caminho nos parece escuro, e mesmo assim decidimos percorrê-lo, pequenas coisas começam a acontecer. Ainda que a mudança na  paisagem, seja quase imperceptível, a verdade é que começamos a perceber e a sentir, as subtis mudanças... E nós mesmos, vamos mudando com ela.
Então, o que antes parecia tenebroso e assustador transforma-se, à medida que vamos avançando, num local prazeroso e soalheiro. E cada passo tem o sabor de uma pequena vitória porque, não importa o quê, voltámos a caminhar e voltámos a acreditar!


E é por isso que eu confio, V., porque te sinto a caminhar!
(e tens-nos a nós, os chatos, para te acompanhar)

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domingo, 8 de janeiro de 2012

Constatação


Uma simples constatação, verdade. E se a mudança, faz parte da condição do ser humano, nem sempre ela é positiva. Mas, "contra factos, não há argumentos" e aceitá-la, faz parte do crescimento de cada um de nós.
E quando  nos faz mal, o melhor é deixar ir. Para o bem de todos.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Perspectivas


Às vezes, envolvidos nas nossas lutas e batalhas diárias, perdemos a perspectiva real das coisas. Perdemos muitas vezes, a nossa tranquilidade e o nosso equilibrio, de tão focados (ou ofuscados) que estamos pelo dia-a-dia. 
E às vezes, somos confrontados com situações que nos fazem colocar tudo em perspectiva e perceber então, que as nossas preocupações, embora legítimas, são pequenas, comparadas com as de outras pessoas.
(Este recado serve para mim, porque sendo eu um bocadinho (bocadão) drama queen, tenho tendência a empolgar determinadas situações.)

Talvez o segredo esteja aqui: em olhar mais vezes para as estrelas, em aquietar o nosso espirito, em deixarmo-nos levar pelo que os olhos veem e o nosso coração sente... e perceber que na escala do universo (do cosmos e do nosso microcosmos), somos minúsculos e minúsculas, são as nossas auto-infligidas ansiedades.

Querem ver uma coisa espantosa? Cliquem lá e depois, digam-me da vossa justiça:

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ah, pois é! ☺


Ao contrário do que a imagem possa sugerir, não me refiro (só) à comida. Refiro-me a todos os aspectos da nossa vida em geral, principalmente aos que nos fazem sentir bem, connosco mesmos e consequentemente, com os outros.
Pequenas coisas que de pequenas, nada têm, e que são de suma importância para o nosso equilibrio. Passam por coisas como o tipo de alimentação que fazemos, actividade física, a forma como nos relacionamos com as pessoas (sejam elas, família, amigos ou  perfeitos desconhecidos com quem nos cruzamos na rua e/ou na vida), a nossa abertura para o mundo e consciências /mentalidades diferentes, a empatia que geramos à nossa volta...
Bem sei que, nos tempos que correm é difícil arranjarmos tempo para nós próprios (quanto mais, para os outros), quer seja porque estamos imersos (e dispersos) numa profusão de tarefas e obrigações que nos adormecem para o que realmente precisamos (e que nos fazem sentir felizes e plenos); quer seja porque, cada vez mais, se torna complicado fazer planos a médio-longo prazo (ai economia, economia, dás cabo de nós).
E talvez a resposta esteja aqui: deixar de fazer planos para um amanhã distante e passar a fazê-los para o hoje, aqui, agora. Acho mesmo que o segredo é esse: viver um dia de cada vez e conseguir tirar o melhor partido do que se tem, sabendo de antemão que as melhores coisas da vida, não são coisas.
Tremendo desafio e que eu tenho andado a aprender, todos os dias :)

Por isso, acho mesmo que a felicidade começa em casa, na nossa casa, sendo que a casa, somos cada um de nós. E que todos nós, temos a tremenda capacidade de nos redescobrirmos e de vivermos a nossa verdadeira essência, na sua plenitude.
Porque além de sermos aquilo que comemos, também somos aquilo que pensamos.
Ah pois é! ☺

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sábado, 23 de julho de 2011

Rest In Peace, Amy

Amy Winehouse Text Art Canvas, made up entirely from the names of her songs.
Sempre estranhei pessoas que nestas circunstâncias, dizem coisas como: "Não tenho pena nenhuma.", em jeito de "Estava a pedi-las."...
Confesso que me faz muita impressão. Dou por mim a pensar que estas afirmações camuflam outras coisas bem mais sérias que se passam ou passaram na vida dessas pessoas...ou talvez não, talvez sejam só o reflexo da insensibilidade e falta de empatia, para com o sofrimento alheio. E de um certo ressabiamento: como se o facto de se ter atingido a fama e consequentemente uma certa riqueza, lhes fosse ultrajante e altamente ofensivo. Porque se estivessem no lugar dessa pessoa, fariam tudo diferente e não desperdiçariam a vida assim. Acho sempre que estes julgamentos apressados não são, nada mais nada menos do que isso, apressados. E superficiais.
Ah, e depois, cheira-me sempre que, no fundo, no fundo, não gostavam da pessoa em questão, do seu trabalho. Não seria mais fácil admiti-lo? Penso que sim e dessa forma, a malta dá o desconto e releva opiniões azedas.
Da mesma forma , me faz confusão, as opiniões das pessoas que acham que "assim nasce uma deusa no panteão do Rock n' Roll", como se se tratasse de um modelo a seguir, para se ter sucesso e alcançar uma suposta imortalidade...Sejamos realistas: a frase "Live fast and die young", pode ser muito carismática, mas é, essencialmente proveitosa para os que cá ficam (ah pois, a estória dos royalties), não é para os que fazem a passagem.
Quanto ao argumento de que "Não era um bom exemplo",  pois concerteza que não. Mas também, nós não somos, quando nos portamos de forma  demasiado condescendente, conivente, permissiva e indiferente para o que acontece à nossa volta.
Gosto da Amy Winehouse (da artista) por várias razões: dona de uma voz absolutamente única, um talento enorme, criadora de uma sonoridade invulgar, letras negras e ácidas (algumas proféticas).
Lamento a sua morte da mesma forma que lamento a morte de qualquer pessoa que envereda pelo caminho da auto-destruição, desperdiçando esse dom fantástico que é a vida e no caso dela, o enorme talento. Não julgo, não especulo sobre a culpa/responsabilidade da indústria discográfica, da sociedade, do namorado, do agente, das fragilidades internas(como já li aí pela net) porque, simplesmente, não sei.
Neste momento, empatizo e respeito a  dôr dos pais, dos amigos e das pessoas que lhe eram próximas.
E que a Amy encontre a paz que não consegui encontrar, enquanto cá esteve.

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P.S: apesar de tudo, não consigo deixar de achar "estranho", que outros  como Jim Morrisson, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Kurt Cobain e Brian Jones (o criador dos Rolling Stones), tenham morrido com 27 anos...e aqui, rendo-me ao meu lado "místico".

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O poder das palavras


"As palavras são sagradas. Merecem respeito. Se escreveres as palavras certas, numa ordem correcta podes abanar um pouco o mundo." 
Tom Stoppard

Acredito no poder das palavras.
As palavras são a manifestação verbal/fisica das nossas vontades, intenções e sentimentos. São instrumentos poderosos, influenciam e criam as nossas emoções,  são o que nos liga ou afasta dos outros. Com elas, conquistamos, e/ou somos conquistados. Derrotamos e/ou somos derrotados. Amamos e/ou  somos amados. Odiamos e/ou somos odiados. 
E através delas, criamos diariamente, a nossa realidade.
Ter esta consciência, responsabiliza-nos pela forma como as utilizamos. E aqui, como em tudo na vida, funciona a lei do retorno. Se dissermos "eu não sou capaz...", "se eu pudesse...", "eu sou infeliz...", "eu odeio...", certamente que viveremos dessa forma. Se passamos a nossa vida a destilar palavras e frases de ódio e desprezo (mesmo que achemos que estamos carregadinhos de razão), certamente que as receberemos em troca.
Ao utilizar as palavras de forma positiva: "eu posso...", "eu consigo...", "eu quero...","eu gosto/amo..."; estamos a reverter tudo isso, quebrando determinados padrões mentais e, consequentemente, padrões de comportamento.
E assim, podemos viver e construir a nossa vida, em plenitude e abanar o mundo ;)

P.S: a minha palavra favorita é "Amor". E a vossa?

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terça-feira, 12 de julho de 2011

O meu propósito de vida


Ao contrário do Linus, não penso muito nisso... hoje em dia, fico atenta mas, essencialmente, deixo que a vida aconteça e tento sempre tirar o melhor partido do que ela me traz... :) 
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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Casa arrumada


Adoro este texto do Carlos Drummond de Andrade.  Expressa na perfeição, a minha definição de casa/lar.
Foi "roubado", ao blog da Bia                       


"(...) Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar."

Carlos Drummond de Andrade

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

sábado, 2 de julho de 2011

Defeito ou feitio?

"When you dream alone it is only a dream, but when many dream together it is the beginning of a new reality. So let us dream together for a happy and lovely world free from all tensions" - Hardeep Singh Batra

Não sei se é defeito ou feitio...o meu optimismo e a tendência para ver sempre o melhor nas pessoas. Às vezes, bem sei, que  acabo por ser meio-ingénua, mas a verdade é que continuo sempre a acreditar nas pessoas, na enorme potencialidade de cada ser humano, recusando-me a achar que são casos perdidos, irremediavelmente partidos.
Creio mesmo que é sempre possível melhorar, modificar, evoluir, transformar...
Nem mesmo as decepções e as desilusões (inevitáveis, né?), me tiraram a capacidade de continuar a acreditar. E o facto de ter conhecido pessoas fantásticas, que em muito se assemelham à minha forma de estar na vida, veio reforçar a minha fé e esperança nos seres humanos.
Poucos mas bons, como se costuma dizer. Sem qualquer tipo de elitismo ou exclusividade. Simplesmente  reconhecimento energético.
E acredito que podemos mudar as coisas.

P.S.: ler aqui

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Coisas que me irritam #3

getty images

Pessoas que não pensam...

Aderir, porque sim. Partilhar, porque sim...sem nos darmos ao "trabalho" de ler o que partilhamos ou aderimos, parece-me ser de uma leviandade tremenda. Com boa intenção, concerteza que sim, mas leviandade na mesma. E "de boas intenções está o Inferno cheio" (para quem acredita em Inferno).
Quando nos envolvemos em alguma causa, devemos fazê-lo de coração mas, convêm que também utilizemos o cérebro (para alguma coisa, somos dotados de um).
Utilizar a regra dos "5 w" (who - quem, what - o quê, where - onde, when - quando, why - porquê) é capaz de ser uma boa, para minimizarmos o risco de cair em ratoeiras e compactuarmos com comportamentos que nos são estranhos. Nada disto se aplica, se gostarmos de fazer parte da "carneirada"...
E não, não tem nada a ver com o meu post anterior. De todo.
Pronto(s), já desabafei.


P.S: este post, embora se refira às pessoas que partilham ligações com apelo e links, nas redes sociais, de forma compulsiva, visa todas as outras que nunca se questionam sobre o que ouvem, lêem e vêem.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Splash!

Segundo  os nossos meteorologistas, o calor vai apertar nos próximos dias o que, diga-se de passagem, já devia ter começado...
Estas alterações malucas da temperatura (sinais dos tempos, é o que é), deixam-me sempre meio taralhoca e são uma "ajuda" preciosa para a minha sinusite crónica...blah!
Venha o Verão, mas que venha para ficar, na altura que lhe é devida. 

Para refrescar o espírito e os olhinhos, deixo-vos as fotos fantásticas da Zena Holloway (e aqui também):


©Zena Holloway

©Zena Holloway
©Zena Holloway
©Zena Holloway
©Zena Holloway
©Zena Holloway
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estou sempre lá, mas...

photo by Arwen Midge

A vida já me ensinou algumas coisas.
Uma delas foi de que, apesar de todos os nossos esforços e boa vontade, nem sempre conseguimos ajudar os outros.
Já lá vai o tempo, em que eu encarava cada pedido de ajuda, cada injustiça para com terceiros,  como sendo uma missão pessoal. Aos poucos, tornei-me numa autêntica "Nossa Senhora dos Aflitos", um pouco à maneira de "todos os ais são meus".
E, se nessas alturas conseguia ajudar as pessoas (porque lhes emprestava a minha força e determinação), o facto é que com o tempo, os resultados não eram os desejados...porque, sei agora, era uma imposição minha e não algo que tivesse sido interiorizado pelas pessoas em questão. Em vez de as ensinar a pescar, pescava eu por elas.
E as decepções eram sucessivas. As expectativas frustradas. Não entendia porque é que as pessoas que eu tentava ajudar, se deixavam cair no mesmo ciclo vicioso. 
Culpa do meu ego e da minha arrogância que me incapacitavam de aceitar as pessoas como elas realmente eram. Exigia que fossem melhores, porque sabia que o podiam ser.
Foi preciso "penar" (e ultrapassar o tremendo desgaste a nivel emocional e pessoal que estas situações provocam)  para começar a perceber que não conseguimos ajudar ninguém que não queira ser ajudado.   
O primeiro passo é sempre esse: querer ser ajudado, ter a consciência de que se precisa de ajuda e procurá-la. Só quando se chega a esta fase é que estamos prontos para ser ajudados e só nessa altura é que devemos ajudar. Até lá, todas as nossas intenções serão logradas e cairão em saco roto.
Por isso, hoje em dia, eu estou sempre lá, sempre disponível, pronta, solícita mas...o pedido de ajuda tem que ser verbalizado. Continuo a conseguir ler nas entrelinhas, consigo ver os sinais, mas não me chego à frente sem autorização (salvo situações muito excepcionais).
"Ask and it shall be given (...)"

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